domingo, 11 de agosto de 2013

"O NOVO EVANGELICALISMO"

O Novo Evangelicalismo

Paul Smith, irmão do pastor Chuck Smith, da conhecida igreja Calvary Chapel [Capela do Calvário], escreveu um novo e importante livro: New Evangelicalism: The New World Order(Novo Evangelicalismo: A Nova Ordem Mundial).[1] Nesse livro, Smith identifica os ardis que ameaçam destruir a eficiência da crença na Bíblia, na pregação do Evangelho, nas igrejas que ensinam a Bíblia, como aquelas do próprio grupo da Calvary Chapel. O livro traça as raízes dos perigos dos últimos duzentos anos que estão à espreita no horizonte e ameaçam as igrejas bíblicas nos dias atuais, demonstrando como tantos evangélicos já tomaram de seu veneno.
Smith não expõe apenas o problema, que é o abandono da inerrância das Escrituras, mas mostra também qual é a solução e como ela pode reavivar nossas igrejas evangélicas.

Origens do Problema

Peter Drucker, o guru da administração, é identificado como o personagem-chave que influenciou o surgimento do movimento do crescimento de igrejas no Seminário Fuller, que levou a tantas influências contrárias ao Evangelho dentro do evangelicalismo. Smith demonstra historicamente que a filosofia existencial de Soren Kierkegaard influenciou Drucker, levando-o à sua teoria pragmática e abordagem comunitária e ao papel da igreja em sua comunidade ideal. Karl Barth, o famoso teólogo suíço neo-ortodoxo, também sorveu profundamente das idéias de Kierkegaard, e, por sua vez, cativou Daniel Fuller, o filho de Charles Fuller, que fundou o Seminário Fuller em 1947.
Embora o Seminário Fuller, em Pasadena, no estado da Califórnia, Estados Unidos, tenha começado bem, lá pelos anos 1960 tinha abandonado a inerrância e começado sua descida pela ladeira escorregadia rumo ao liberalismo moderno. Smith observa que Harold Lindsell, antigo membro do corpo docente do Fuller, documentou o abandono da inerrância em seu famoso livro The Battle for the Bible (A Batalha Pela Bíblia), em 1976.[2] Smith fornece detalhes muito mais abrangentes dos acontecimentos de bastidores nos âmbitos filosófico e histórico, que levaram à rápida queda teológica do Seminário Fuller. Eles estabelecem o cenário para os motivos porque aquela escola tem estado no epicentro de muitas das influências que contaminaram o evangelicalismo nas últimas três décadas.
Peter Drucker, o guru da administração, é identificado como o personagem-chave que influenciou o surgimento do movimento do crescimento de igrejas no Seminário Fuller, que levou a tantas influências contrárias ao Evangelho dentro do evangelicalismo.
No cerne do livro de Smith está sua crença, com a qual concordo, na noção de que o rebaixamento bíblico, ou seja, a apostasia, começa com um afastamento da crença na doutrina da inerrância [da Bíblia]. Isso geralmente acontece dentro das instituições acadêmicas, que supostamente existem para treinar a próxima geração de líderes que darão apoio à igreja. Em vez disso, essas instituições destroem a confiança na Palavra de Deus, que a próxima geração de líderes necessitará para nutrir e fazer expandir a igreja.
O livro tem um excelente capítulo denominado “How Historical Drift Happens” [Como Acontece a Deriva Histórica]. Nesse capítulo, Smith explica como a maneira de pensar do mundo passa a dominar a igreja. Basicamente, isso começa com a negação da inerrância, o que significa que há uma perda de confiança na Palavra de Deus como a autoridade máxima para o homem. Assim, uma dada igreja fica aberta aos pensamentos dos homens como se estes tivessem a mesma autoridade da Bíblia. O próximo passo é trazer coisas como a sociologia, o marketing e a psicologia para dentro da igreja para fornecer uma base à filosofia de ministério, que é o que tem sido feito pelo Movimento de Crescimento da Igreja.
Um testemunho surpreendente sobre o declínio do Fuller é fornecido por Smith – o relato do então aluno Wayne Grudem, em 1971, que hoje é um conhecido teólogo evangélico:
Enquanto eu ainda estava fazendo curso de graduação na Universidade Harvard, ouvi advertências de que o Seminário Fuller estava comprometendo seriamente a verdade da Palavra de Deus. Embora essas advertências viessem de fontes respeitáveis como Francis Schaeffer, John Montgomery e daChristianity Today [Cristianismo Hoje], não acreditei nelas. Agora acredito!
Nenhum dos meus cursos [no Fuller] reforçou minha confiança na Bíblia. Ainda mais desoladora é a estreiteza mental: não tive nenhum professor que ensinasse a inerrância bíblica, nem mesmo como uma opção possível. Os alunos com quem converso não possuem nenhum conhecimento das grandiosas defesas da inerrância feitas recentemente por homens como E. J. Young, Ned Stonehouse, e Cornelius Van Til.
Estou preocupado com o Seminário Fuller, mas não tenho nenhuma proposta de solução. As cartas estão todas lançadas na direção de maiores concessões e comprometimentos. Os docentes parecem pensar que detêm a única solução possível; os que pensavam de forma diferente foram embora da escola. Mas, quanto a mim, quero um seminário que faça de mim um ministro da Palavra de Deus, não um crítico. Não tenho escolha, senão ir embora.[3]

O Movimento de Crescimento da Igreja

Nos anos 1960, Daniel Fuller, filho do fundador, voltou da Suíça onde havia estudado na Universidade de Basiléia e onde aderira à teologia liberal de Karl Barth. Fuller trouxe aquela mentalidade para o Seminário de seu pai, o que apressou o declínio da instituição. A data na qual o Seminário Fuller abandonou oficialmente a inerrância é identificada como dezembro de 1962.[4] A degradação do Seminário Fuller e seu baixo conceito sobre a Bíblia foram fatores que levaram seus líderes a fundarem a Escola de Crescimento da Igreja, que empregava princípios pragmáticos e freqüentemente humanistas.
Em 1971, C. Peter Wagner tornou-se professor de Crescimento da Igreja no Fuller. A ênfase nas ciências sociais, não na Bíblia, era o enfoque de Wagner e de outros influenciados pela “ciência” do crescimento da igreja. “A maneira de muitos pastores fazerem suas igrejas crescer foi o uso de programas sociais”,[5] observa Smith. Wagner associou-se a John Wimber para ministrar as aulas de Sinais e Maravilhas místicos, que se tornaram muito populares entre os alunos do Fuller. Rick Warren, da Igreja Saddleback, em Orange County, Califórnia, obteve seu grau de Doutor em Ministérios na Escola do Crescimento da Igreja e foi profundamente influenciado por seu pensamento. Combinado com [as idéias de] seu mentor, o sociólogo incrédulo Peter Drucker, e as últimas do Fuller, Warren foi adiante e se tornou o pastor mais influente da América.

Um Casamento Profano

A partir do Movimento de Crescimento da Igreja dos últimos quarenta anos, surgiu o próximo empurrão pela ladeira escorregadia, para longe da ortodoxia, chamado Movimento das Igrejas Emergentes.
“Rick Warren atribui o espetacular crescimento numérico de sua Igreja Saddleback a seu modelo Com Propósitos, uma estratégia organizacional e de marketing inspirada principalmente em Peter Drucker”,[6] diz Smith. O modelo de Warren para crescimento da igreja é baseado na visão de Drucker sobre a construção de uma comunidade social e não tem nada a ver com o Evangelho. Embora Warren use a Bíblia, sua filosofia de ministério não é retirada da Bíblia, mas derivada de teorias sociais humanísticas, como ele mesmo admite. Isso explica por que Warren está engajado em um esforço global para promover o socialismo em vez de um esforço global para pregar o Evangelho.
A partir do Movimento de Crescimento da Igreja dos últimos quarenta anos, surgiu o próximo empurrão pela ladeira escorregadia, para longe da ortodoxia, chamado Movimento das Igrejas Emergentes.
Warren e outros apoiaram esse movimento. No entanto, Paul Smith observa que seu irmão rejeita totalmente o movimento e já divulgou um manifesto da Calvary Chapel contra essa ameaça ao cristianismo bíblico. Chuck Smith é um crítico do Movimento Emergente e lista algumas de suas objeções:
(1) Que Jesus não é o único caminho através do qual os homens são salvos (...); (2) O pouco caso dado ao inferno (...); (3) Temos dificuldade com a maneira cheia de sentimentalismos com que eles se relacionam com Deus (...); (4) Temos problemas com o uso de ícones para dar-lhes um sentido de Deus ou da presença de Deus (...); (5) Não acreditamos que se deva buscar fazer com que os pecadores se sintam seguros e confortáveis na igreja (...); (6) Será que deveríamos tolerar o que Deus condenou, como, por exemplo, o estilo de vida homossexual? (...); (7) Será que deveríamos buscar nas religiões orientais suas práticas de meditação através da yoga? (...); (8) Eles desafiam a autoridade final das Escrituras (...).
O pastor Chuck termina sua carta com o seguinte comentário: “Há os que dizem que o Movimento Emergente tem alguns pontos positivos, mas o porco-espinho também os tem. É melhor não chegar muito perto!”.[7]

Conclusão

Paul Smith acredita que a ladeira escorregadia na qual tantos evangélicos se encontram está estabelecendo o palco para o globalismo e a Nova Ordem Mundial, que introduzirá o Anticristo logo que a Igreja verdadeira tiver deixado o planeta Terra por meio do Arrebatamento. Não há nenhuma dúvida em minha mente de que Smith está coberto de razão. A forma final da apostasia dentro da igreja falsa será alguma forma de misticismo, que é exatamente para onde a igreja evangélica está rumando firmemente. Tudo parece estar caminhando em direção ao globalismo – nos âmbitos social, econômico, político e religioso.
Smith observa que até mesmo Rick Warren promove um plano global, denominado PEACE [PAZ]. O plano é: Promover a Reconciliação; Equipar Líderes Servos; Dar Assistência aos Pobres; Cuidar dos Enfermos; e Educar a Próxima Geração.[8] Há dois verbos que começam com a letra E no plano PEACE de Warren, mas nenhum deles significa “evangelizar” porque o Evangelho está totalmente fora desse plano.
Em seu livro, Smith não apenas ataca as trevas; em todo o seu texto ele diz aos crentes o que devemos crer e fazer em contraste com o Novo Evangelicalismo. Smith observa como o movimento do qual ele fez parte por mais de quarenta anos – as igrejas da Calvary Chapel – foi edificado, não nos princípios do crescimento da igreja nem no planejamento de homens, mas com base na simples pregação e no ensino da Palavra de Deus e de Seu Evangelho, confiando no Espírito Santo para imprimir aquela Palavra ao coração dos homens, fossem eles crentes ou incrédulos. Quando a Palavra de Deus é proclamada, afirma Smith, o Senhor edifica Sua Igreja.
Francamente, o impacto global do movimento da Calvary Chapel pela causa de Cristo (com milhares de igrejas implantadas em todo o mundo) é provavelmente maior que qualquer outra denominação ou movimento de que eu tenha notícia. Este não foi o produto de planejamento humano, mas o resultado da pregação da Palavra inerrante de Deus, confiando que o Espírito Santo abre o coração das pessoas. Maranata! 

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

"A BENÇÃO DOS BONS HÁBITOS"

A Bênção Dos Bons Hábitos

E, saindo, foi, como de costume, para o monte das Oliveiras; e os discípulos o acompanharam. Chegando ao lugar escolhido, Jesus lhes disse: Orai, para que não entreis em tentação. Ele, por sua vez, se afastou, cerca de um tiro de pedra, e, de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lc 22.39-42).
Em uma época na qual o valor da disciplina espiritual não está em alta entre os cristãos, pode ser encorajador e útil pensar sobre o que a Bíblia e também o exemplo de Jesus nos têm a dizer sobre isso.
É interessante que exista uma mudança de pensamento na atualidade, acima de tudo na pedagogia. Não poucos educadores e professores, por necessidade, fazem a si mesmos a pergunta se os métodos das últimas décadas de lecionar e educar de forma bem-sucedida, com o mínimo de pressão e exigências, realmente se mostraram confiáveis.
O fato é que as crianças e os jovens de gerações passadas não apenas aprenderam muito mais em um espaço de tempo menor, mas, no geral, também eram mais ativos e alegres do que nossos atuais jovens, do tipo “Tô nem aí!”.
Em 2006, foi lançado o livro “Elogio à disciplina – uma polêmica”, do conhecido pedagogo e teólogo Bernhard Bueb. O livro encontrou grande atenção, aprovação e aceitação, mas também rejeição. Isso é um indício de que está ocorrendo uma mudança de pensamento. Ultimamente, também na política está sendo dada mais ênfase na importância da moral, de valores e de virtudes cristãs.
Tanto mais surpreendente é o fato de que, no meio evangélico, percebe-se uma tendência contrária. Pregadores e autores conhecidos e influentes não se cansam de enfatizar que é inútil ou até mesmo prejudicial ler a Bíblia ou orar quando não se tem o desejo de fazê-lo.
Alguns testemunhos, em certas revistas e livros evangélicos, parecem dar a impressão de que quase todas as doenças e aberrações intelectuais ou espirituais remetem ao fato de que os autores, quando crianças, foram submetidas à suposta pressão nociva de uma educação ou de um ambiente cristão conseqüente.
Não poucos educadores e professores fazem a si mesmos a pergunta se os métodos das últimas décadas de lecionar e educar de forma bem-sucedida, com o mínimo de pressão e exigências, realmente se mostraram confiáveis.
Ora, é indiscutível que uma educação aplicada pelos pais que seja severa, sem afeto e marcada por legalismo, na qual eles mesmos não vivem o que pedem de seus filhos, pode causar danos devastadores. Também existem muitas provas disso.
Alguns dos conhecidos ateus, nihilistas e que têm ódio de Deus vêm de lares devotos. O que viram e escutaram ali foi tão repulsivo e hipócrita que eles – enojados disso – juraram a si mesmos que não queriam ter mais nada a ver com a Bíblia e com o cristianismo.
Lenin, por exemplo, tinha 15 anos quando seu pai – membro devoto da igreja ortodoxa russa – recebeu a visita de um clérigo. Como freqüentador assíduo dos cultos, a atitude de seu filho o afligia, pois este não queria mais freqüentar os cultos com regularidade. Quando seu pai pediu conselho ao clérigo, este respondeu: “Surrá-lo, deveriam surrá-lo!”
Ambos não imaginavam que o filho estava no quarto ao lado, ouvia com atenção atrás da porta e escutava estes “conselhos”. Cheio de indignação, o jovem Wladimir Iljitsch arrancou o crucifixo que até então carregava pendurado no pescoço. Desta religião ele estava farto. Nunca mais ele queria escutar nada dela. A partir de então igreja e religião eram, para ele, apenas um “meio dos governantes de oprimir as classes inferiores”.[1]
Por outro lado, naturalmente, se espera em muitas outras áreas como, por exemplo, esportistas e artistas, que as pessoas vivam de forma bem disciplinada a fim de terem rendimento máximo.
Todos são compreensivos quando o técnico de futebol “carrasco”, conhecido por sua disciplina, impõe uma multa pesada ou um treinamento adicional a seus jogadores profissionais quando eles não comparecem pontualmente ao treinamento ou quando são desrespeitosos.
Torcedores fanáticos – muitas vezes eles mesmos acima do peso – reivindicam ruidosamente que seus astros dêem tudo de si no gramado a fim de pelo menos obterem uma vitória para seu time: “Queremos ver vocês suando!”
Quando, porém, um dos jogadores fica acima do peso, seja qual for o motivo, ele precisa aprender a conviver com apelidos depreciativos.
Disciplina e vencer a preguiça reiteradamente, assim, fazem parte da virtude de um esportista.
Quando jovens talentosos treinam diariamente algumas horas no piano ou machucam seus dedos em um instrumento de cordas, admiramos sua energia e os encorajamos a cobrarem bastante de si mesmos.
Quase ninguém se irrita quando pessoas atenciosas com sua saúde visitam semanalmente uma academia a fim de, no suor de seu rosto, perderem alguns quilos desnecessários e sacrificam tanto dinheiro quanto tempo para terem uma boa aparência, ao menos na frente do espelho.
Disciplina e vencer a preguiça reiteradamente fazem parte da virtude de um esportista.
No entanto, quando alguém se atreve, de forma apaixonada, a tomar posição em favor da disciplina espiritual entre cristãos convertidos e encorajar as pessoas a aceitarem normas neotestamentárias para o discipulado como “padrão a ser seguido”, essa pessoa tem que contar com as impetuosas acusações de que está exercendo pressão prejudicial e favorecendo “neuroses” religiosas ou eclesiásticas.

O que podemos aprender da Bíblia e do exemplo de nosso Senhor nessa questão discutível, mas importante?

1. Nosso Senhor tinha hábitos constantes!

O fato de que justamente o evangelista Lucas demonstra certos hábitos da vida de Jesus, foi para mim uma descoberta interessante:
Primeiramente, lemos em Lucas 2.42 que os pais de Jesus, “segundo o costume da festa”, viajavam para Jerusalém todos os anos a fim de festejar o Pessach (“Páscoa” em hebraico, n.trad.). Jesus, com seus doze anos, evidentemente participava disso. Ele cresceu em um lar no qual ordenanças bíblicas conduziam a bons hábitos e, finalmente, se tornavam uma boa tradição familiar.
Dois capítulos adiante, lemos que Jesus, com 30 anos de idade, chegou em Sua cidade Nazaré e “entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume” (Lc 4.16).
Como homem adulto, Ele considerava ser natural ir aos sábados para a sinagoga a fim de escutar a Palavra de Deus. Seus pais Lhe deram exemplo disso e, em sua juventude, Jesus praticou isso como um bom hábito.
Mais adiante, é relatado em Lucas 22.39 que ele foi, “como de costume, para o Monte das Oliveiras”. Muitas vezes Jesus procurava este local familiar a fim de passar a noite ali (veja Lc 21.37; Jo 8.1), se reunir com seus discípulos e para orar (Lc 22.41).
Resumindo, constatamos o seguinte:
- Participar da festa da Pessach,
- Ir semanalmente à sinagoga,
- Ir com regularidade ao Monte das Oliveiras a fim de orar...
...eram hábitos incontestáveis na vida de nosso Senhor, os quais Ele praticava como qualquer israelita temente a Deus.
Jesus sabia que o traidor Judas e os soldados, com os servos dos principais sacerdotes, já estavam a caminho para prendê-lO no jardim do Getsêmani. Judas estava bem familiarizado com este lugar (Jo 18.2)! Mas isso não impediu nosso Senhor de, como de costume, procurar este local.

2. O discipulado é inconcebível sem disciplina.

Nosso Senhor não precisava de disciplina ou regulamentações como Homem perfeito, sem pecado. Mesmo assim, Ele é para nós, através de Seu comportamento, um exemplo e um incentivo para praticar exercícios espirituais essenciais para a vida, a fim de que se tornem pilares incontestáveis de discipulado verdadeiro em nossa vida.
Quando descrevermos alguns exemplos de pessoas de oração da Bíblia e da história da Igreja no próximo capítulo, queremos ter em mente as palavras de Jonathan Edwards, escritas na introdução ao diário do missionário entre os índios David Brainerd, cuja vida de oração realmente foi excepcionalmente intensa:
O exemplo de Jesus Cristo é o único que já existiu, na natureza humana, totalmente perfeito; o que, portanto, é um critério para testar todos os outros exemplos. As disposições, as atitudes e as práticas de outros devem ser recomendadas e seguidas na medida que foram seguidoras de Cristo”.[2]